(Fotos: Divulgação)

"Tem gente que ama descontroladamente e gente que nem
consegue dizer que ama, cada um tem seu amor, o meu é tudo e nada"

A poesia sempre esteve nele ou ele sempre esteve na poesia. Num certo momento um Big Bang. Pronto! O cara é poeta, sempre foi. Ele é o cara, Matheus Prado nos conta que a poesia veio do nada, na certa sempre esteve em si e no momento certo saiu e encantou. Simplório em tudo nos surpreende em como pode se expressar tão bem, nos fazendo entender e nos encontrar no que escreve. Já teve amores de ônibus, e quem nunca? Gosta de Nescau quente e o apelido dele é Mancha. Confira essa entrevista e não deixe de comentar, você pode nos pedir também um escritor que gostaria de ver aqui.

1 - Nos fale de você, da sua vontade de fazer arte, de como se encontrou fazendo poesia e como se sente fazendo algo tão nobre?

Olha, eu comecei a fazer poesia meio que do nada, eu simplesmente escrevia umas coisas desde sempre, e um dia achei que devia mostrar isso para alguém, vai ver consigo ajudar em algo. Eu não tenho essa de fazer algo métrico ou com rimas perfeitas, eu só escrevo e pronto.

2 - O que inspira você e em que momento você gosta de escrever?

Na verdade eu não tenho uma hora específica pra escrever, a coisa simplesmente vem pra mim, e eu escrevo, mas acaba sempre acontecendo quando eu estou na internet de madrugada, ou nos domingos que a gente se sente um pastel.

3 - Listas de favoritos, coisas vividas, desejos e sonhos realizados...

Olha, eu não tenho um plano de metas e minha memória é muito ruim, mas eu tenho poucos sonhos e, poxa, desejo a gente tem e depois passa, não vale a pena falar.

"Eu escrevo pra mim, coisas minhas, é muito corriqueiro alguém
vir me perguntar por que eu só escrevo drama, choro, dor e tudo mais"

. Um filme que te deu medo? "Atividade paranormal" (eu sei que é bobo - risos).
. Qual seu livro favorito? "Leite derramado" - Chico Buarque.
. Escritor? Rimbaud.
. Música e banda? "No distance left to run" - Blur.
. Atores favoritos? Eu gosto muito do Leonardo DiCaprio.
. O que é amor? O que é amar? Olha, acho que eu não sei definir o amor, até porque eu não acredito que exista só um tipo de amor, cada um ama do seu jeito, tem gente que ama descontroladamente e gente que nem consegue dizer que ama, cada um tem seu amor, o meu é tudo e nada.
. Lugar aonde mais vai? No jukebox ensaiar (risos).
. Uma curiosidade sua? Eu boto requeijão em tudo que eu como de noite.
. Friozinho, filme e café? Friozinho, filme e Nescau quentinho.
. Um livro que você gostaria de ser? "Assim falou Zaratustra" - Nietzsche.
. Já teve um amor de ônibus, como ela era, o que te chamou atenção? Claro, na época da escola eu tinha uma por dia, pena que não dava em nada.
. Já dançou na chuva? Acho que não.
. Sonho ainda não realizado? Pular de paraquedas.
. Um sonho realizado? Tocar fora do estado.
. Vontade louca de? Comer hambúrguer.
. Uma causa social que você abraça com as pernas e braços? Acho que nenhuma, apoio muitas, mas uma com que me identifico totalmente, que faria tudo por isso não encontrei ainda.
. Citação favorita? "Felicidade é contentamento". (Carlos Roberto Duarte)
. Poetizar é? Falar sozinho.
. Um espaço (site) que tem poesia? Dora Alice Disse. 
. Trecho de música favorita? "Decidi viver agora / Desde que pensei em mim / Quase tudo mudou". É do Tim Maia, acho muito bonita, afinal, quem já não começou a viver depois de parar de viver com alguém? É bonita, essa coisa do Tim Maia de conseguir tocar na gente pelas letras.
. Nostalgia boa é? Aquela que te lembra de quando você era pequeno e tava cheio de terra.
. Um cheiro bom de? Xampu de banana.
. A crença em que? Acho que não em muita coisa, acho que creio em mim.
. O sentimento mais bonito? Gratidão.
. Tem medo de quê? Tenho medo da solidão.
. E coragem de sobra para? Acho que pra nada (risos).

"Não tenho um plano de metas e minha memória é muito
ruim; desejo a gente tem e depois passa, não vale a pena falar"

4 - Qual sua expectativa para o mundo literário no futuro?

Olha, no estado que nos encontramos, nesse eterno modernismo, fica difícil dizer.

5 - Em nossa cidade (Volta Redonda) você acha que existe espaço e incentivo à leitura?

Tanto existe que a biblioteca esta fechada desde sempre.

6 - Já escreveu e deixou suas poesias escondidas embaixo do colchão? Por que resolveu colocá-las num varal pro vento espalhar?

Olha, eu escrevo pra mim, coisas minhas, é muito corriqueiro alguém vir me perguntar por que eu só escrevo drama, choro, dor e tudo mais. Decidi colocá-las para todo mundo para que possam saber que existem outras pessoas que também são de carne, osso e sentimento, que também ficam tristes, e que principalmente possam saber que todo mundo precisa ser amado de alguma forma.

7- O que combina com poesia?

Cafuné.

8 - Uma poesia/prosa/conto ou crônica de sua autoria.

Amor que Vira(á) 

E assim eu me recolho,
Doce e sem cor,
Boto meu amor de molho. 

Às vezes contido,
Meu comigo sente falta de ser contigo. 

Quem sabe o mundo de amor não vira?
O mesmo amor que vira, sem ira.

9 - Seu contato e espaço na internet.

Meu blog. 

10 - Um recado pra quem esta te lendo.

Eu já fiz minha parte de expor meus sentimentos, e você?

11 - Nos indique um livro que você queira espalhar para as pessoas, fale sobre ele e por que deveríamos ler.

Olha, eu indico "Assim falou Zaratustra", do Nietzsche. As pessoas costumam dizer que é chato ler Nietzsche, e realmente é, mas esse é realmente um pouco mais leve, nesse livro ele dá um pouco do conceito do super homem e é uma história bem bonita também.

12 - Nos fale de um artista da região que deveria estar em "Escritores que você tem que conhecer..."

Nossa, tem tanta gente que escreve muito bem em Volta Redonda, mas eu quero ler a Daiana Damião explicando a Dora Alice, até porque acho que até hoje não entendi direito o conceito.