(Fotos: Divulgação)
“Este livro possui grande significado para mim, e não é à toa que é intitulado ‘De todos os tempos’, pois começou a ser escrito em minha adolescência, no ano de 1988, e traça desde então minha trajetória até os dias atuais”
O poeta Márcio do Nascimento Castilho acaba de lançar o seu primeiro livro. “De todos os tempos” é um sonho aguardado pelo menos há 30 anos! Seus poemas, assim como seus temas, possuem formas distintas, podendo ser um simples poema livre, um soneto ou até mesmo um poema concreto, uma trova, uma aldravia, um acróstico, um tautograma, entre outros.
- Um sonho de três décadas sendo agora consumado. Agradeço a todos que sempre me apoiaram para que eu chegasse até à edição deste livro. “De todos os tempos” possui grande significado para este poeta e não é à toa que o livro assim é intitulado, pois começou a ser escrito em minha adolescência, no ano de 1988, e traça desde então minha trajetória até os dias atuais - conta o autor.
Márcio Castilho enfatiza que fica feliz por estar compartilhando seu universo de poemas com pessoas que apreciam essa majestosa arte. Dentro desse universo, no qual habita há três décadas, julgo-o translúcido, um livro aberto, sem mistérios. Nele expõe, liberto-se, voa e, às vezes, paira sobre sonhos inacessíveis.
Ao longo da leitura, você irá perceber que ele faz da escrita o seu laboratório. De maneira versátil, procura sempre novas formas de estruturar seus textos, portanto, abrange nos temas diversas dimensões, tais como afetivas, biológicas, sociais, políticas, místicas e culturais.
Sendo assim, convida a você, caro leitor, a mergulhar nesse mundo repleto de tudo um pouco. Seja bem-vindo a essa metade dele, constituída de sonhos, versos e paixões. A obra tem 88 páginas e 71 poemas.
Um pouco sobre Márcio Castilho
Márcio Castilho nasceu em Duque de Caxias, no dia 4 de novembro de 1974. Em 1988 mudou-se para Volta Redonda, onde reside atualmente. É integrante da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL) e da Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravinistas, situada na cidade de Mariana, Minas Gerais. Publicou vários poemas em jornais alternativos de Brasília e jornais da região. Participou das coletâneas: “XIII coletânea de contos e Poesias”, elaborada pelo Grêmio Literário de Autores Novos (Glan); “Trovas da latinidade”; “Minha cidade; “Corolário da alma”; “Influência do sentir"; “32ª coletânea logos da fênix”; “Tempo insólito”, da editora Scortecci; “Luz de Natal”, coletânea lusófona; “V coletânea viagem pela escrita”, entre outras. Eleito recentemente para a Academia Volta-Redondense de Letras.
Poema para a poesia
(Márcio Castilho)
Minha mãe lecionou português,
Meu pai lecionou matemática,
Meu irmão leciona inglês,
Eu leciono nada.
O nada intraduzível,
O nada saber nadar,
A nulidez do que é factível,
A nulidez de amar.
Eu leciono sim, a poesia
Quase olvidada do século vinte;
Exponho bem ali, nas entrelinhas,
A voz da musa para o ouvinte.
Minha mãe lecionara um dia,
Meu pai lecionara outro dia,
Meu irmão leciona hoje em dia,
Eu? Eu leciono a poesia.