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Socorro, Ministra Laurita Vaz!

As prioridades equivocadas do governo Neto

Prefeito insiste em obras megalomaníacas que custam caro e que têm o preço triplicado durante a construção

MDS  –  03/05/2014 15:40

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(Foto Ilustrativa)

Governo vai para um lado e a

população continua falando sozinha

 

Sérgio Boechat 

Todo governo eleito pelo voto direto e secreto, em princípio, deveria expressar a vontade e as expectativas da população que o elegeu. Para isso é que foi instituído na Constituição Cidadã de 1988 o artigo 14, que trata da "soberania popular" que deve ser expressa no "plebiscito, referendo e projetos de iniciativa popular". Aliás, o tema foi objeto de uma emenda à Lei Orgânica Municipal, do vereador Baltazar, do PRB, regulamentando o processo, que já foi aprovada pela Câmara Municipal e promulgada pela Mesa Diretora. Se fosse um projeto de lei, certamente teria sido vetado pelo prefeito cassado, que detesta qualquer tipo de participação popular. 

O governo Neto tem as suas prioridades, que não têm nada a ver com os principais problemas do município e muito menos com as reivindicações dos movimentos sociais, dos servidores públicos municipais, das associações de moradores e principalmente com parte da população que depende dos sistemas municipais de saúde e de educação. Para comprovar o que está sendo afirmado, o vice-prefeito cassado Carlos Roberto Paiva, do PT, esteve em Brasília participando de reuniões com a Secretaria da Aviação Civil, DNIT e Agência Nacional de Transportes Terrestres, para discutir as obras do aeroporto, construção de viaduto, municipalização de trecho da BR-393 e a construção de um trecho que evite a duplicação da rodovia, com a desapropriação de centenas de imóveis! 

Prefeito cassado esqueceu de todas as promessas 

O governo já esqueceu o Bilhete Único, já jogou no lixo o projeto da construção do Hospital da Criança, não quer nem ouvir falar na Faculdade de Medicina, abandonou a ideia do PCCS (Plano de Cargos, Carreira e Salários) para os servidores e para o magistério, não fala mais nada sobre a mobilidade urbana, porque essas coisas nunca foram prioridades para o prefeito cassado e só foram prometidas na campanha eleitoral, para ganhar mais um mandato. 

Se o prefeito cassado vive reclamando de falta de dinheiro, embora a gente saiba que é só conversa fiada, como ele vai "arranjar" recursos para manter o aeroporto, caso ele seja liberado pela Secretaria de Aviação Civil? Devemos nos lembrar que já existe um aeroporto em Resende e que se trata de uma manutenção caríssima! Não seria o caso de consultar a população, por meio de um plebiscito, para saber o que pensa a população? Será que o aeroporto é uma prioridade da população do município? Se o governo não consegue duplicar a Rodovia dos Trabalhadores e fazer uma entrada decente para Volta Redonda, saindo da Dutra, como vai conseguir bancar a municipalização da BR-393, do limite de Barra Mansa até o bairro Santo Agostinho? 

Assuntos que não são do interesse da população 

É muita pretensão do Governo achar que vai conseguir ser uma alternativa ao Aeroporto Santos Dumont e ao Aeroporto Tom Jobim, mas a arrogância do prefeito cassado é tanta que o leva a sustentar essa atitude prepotente e até a acreditar nela, bem ao estilo de um governante que acha "que tem o rei na barriga"! O vice-prefeito cassado foi "assessorado" pelo ex-deputado Deley, o que nos leva a duvidar mais ainda das intenções do governo e a desconfiar de que tudo é para tentar promover um candidato, embora esses assuntos não sejam do interesse da população. 

Se tivéssemos um governo sintonizado com o que pensa a população do município, as prioridades do município coincidiriam com as prioridades do governo, mas como há um divórcio total entre o que pensa um e outro, o governo vai para um lado e a população continua falando sozinha. Há sérios problemas no saneamento, na questão ambiental, na questão da Saúde, na questão da Educação, na geração de empregos, no transporte público, mas o governo insiste em obras megalomaníacas que custam caro e que têm o preço triplicado durante a construção, por causa dos famosos "termos aditivos"! Um bom exemplo disso é o mergulhão mal construído próximo ao Hospital São João Batista. 

Ninguém aguenta mais tanta trapalhada 

Volta Redonda merece um governo mais democrático, com mais participação popular, com menos autoritarismo e um mínimo de planejamento! Ninguém aguenta mais a improvisação, o casuísmo, o fisiologismo e as decisões meramente eleitoreiras!

Chega de discurso, chega de outdoors, chega de matéria paga, chega de empreguismo, chega de nepotismo e chega desta gente que governa ou desgoverna o município, sem nenhum compromisso com os princípios constitucionais da administração pública. Socorro, ministra Laurita Vaz!

> Leia mais em "Política Sem Meias Verdades"

Por Redação do OLHO VIVO  –  contato@olhovivoca.com.br

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