(Fotos: Divulgação)

“O metal brasileiro é nichado sim, mas é muito fiel, é uma forma de passar, com a melhor clareza, uma mensagem; nenhuma língua é mais clara do que a nativa, mesmo mascarada atrás de um vocal gutural, rasgado e cheio de agressividade”

(Silvio Augusto, guitarrista)

 

O primeiro filho nasceu. Cicatra, composta por Matheus Shock (vocalista), Silvio Augusto (guitarrista), João Victor (baixista) e Arthur Stoduto (baterista), acaba de lançar o primeiro single e clipe da banda: “Inferno Azul”. A música é uma fusão intensa de riffs pesados, letra profunda e performance energética. É metal moderno nacional. (ouça aqui) 

A ideia base de “Inferno Azul” partiu do Silvio Augusto, tanto da composição musical quanto da letra. 

- Mas a ideia inicial é apenas uma fagulha, depois de apresentada, a música virou uma unidade dos quatro integrantes, e é assim que trabalhamos. O single é uma poderosa reflexão sobre a fragilidade da mente humana e sobre responsabilidade afetiva, o peso das relações interpessoais e suas consequências - diz o guitarrista. 

O clipe, segundo ele, também nasceu de uma mistura de ideias dos quatro integrantes da banda. 

- Porém, nosso baterista, Arthur Stoduto, tem grande vivência no audiovisual, equipamentos e conhecimento sobre; logo, fatalmente, muita das frentes do clipe foram tomadas por Arthur - explica. 

O local escolhido para a gravação do clipe foi um sítio, comumente utilizado para gravações de outros artistas da região, entre as cidades de Barra Mansa e Volta Redonda. Mais clipes virão? 

- Já estamos gravando a segunda música e o segundo clipe - adianta Silvio Augusto. 

Quando o assunto é o cenário para o metal moderno nacional na região sul fluminense, a Cicatra destaca que estão surgindo novos nomes, para somar a nomes já estabelecidos, em um mercado de nicho, porém de público aquecido e fiel. 

- O metal brasileiro é nichado sim, mas é muito fiel, é uma forma de passar, com a melhor clareza, uma mensagem; nenhuma língua é mais clara do que a nativa, mesmo mascarada atrás de um vocal gutural, rasgado e cheio de agressividade, cantar em português é uma forma de aproximar o ouvinte final da mensagem, a exemplo da banda Project 46. E, sim, tem muito boa aceitação dentro do seu nicho - enfatiza Silvio Augusto. 

Cicatriz musical    

O projeto inicial da banda Cicatra partiu no ano de 2023, mas só se concretizou em 2024. O propósito da banda era, além de fazer som, estar entre amigos, já que a maioria dos integrantes tem uma longa história de amizade e companheirismo entre si. 

A banda, situada em três cidades (Volta Redonda/RJ, Barra Mansa/RJ e Bananal/SP) trabalha para se consolidar como uma nova força dentro do metal nacional, não apenas pela qualidade técnica de seus integrantes, mas também pela originalidade e intensidade emocional que imprimem em suas composições. 

- Dois membros da banda moram na cidade de Volta Redonda, um membro mora em Barra Mansa e o outro, em Bananal - detalha o guitarrista. 

Inicialmente a banda tinha um outro nome, mas por questões legais, antes ainda do lançamento do primeiro single, os integrantes da Cicatra acharam por bem mudar. 

- Cicatra é uma espécie de adaptação da palavra “cicatriz”, também é a tradução da palavra na língua corsa, mas tem mais intenção de soar impactante do que, de fato, de agregar sentido. 

Como “Inferno Azul” é o primeiro single/clipe da banda, a Cicatra ainda não faz shows, está trabalhando primeiramente no produto, as músicas, os clipes. 

- Estamos criando, unindo ideias e as colocando no papel, nosso plano é ter no mínimo umas seis composições já lançadas, para iniciarmos nosso circuito de shows. “Inferno Azul” é nosso single de estreia, mas garantimos que as próximas músicas não vão demorar para serem lançadas, muito em breve teremos novidades para mostrar. 

Quem é quem na banda 

. Matheus “Shock” Cupertino, 34 anos, vocalista - Com uma passagem pela banda cover de animesongs Kaminari, hoje principalmente influenciado por bandas como System of a Down, Killswitch Engage, Slaughter to Prevail, Jinjer e Sepultura, ostenta um agressivo gutural para interpretar músicas mais pesadas. 

. Silvio Augusto, 28 anos, guitarrista - Há mais de dez anos na cena musical regional, além de ter passagem em algumas bandas da região (Factor Omega, Dfront SA), participou como produtor de várias músicas da região, de diversos estilos, além de projetos solo como Cicattriz, Viols e até mesmo como artista solo. 

. João Victor “Ambrósio”, 34 anos, baixista - Fortemente influenciado por bandas como Metallica, Sepultura, Gojira e com uma breve passagem pela banda Motosserra, desbrava as possibilidades das frequências graves, sempre voltado para o metal. 

. Arthur Stoduto, 37 anos, baterista - Produtor audiovisual, iniciou na bateria aos 8 anos, coleciona passagens por bandas e produções na região (Magão, Thiago Melod), com especialidade em pedal duplo, músicas rápidas e enérgicas.

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