(Fotos: Divulgação)
Exposição usa a área interna de 50 metros
quadrados do atelier, que foi toda adaptada
Trabalhos bidimensionais, tridimensionais e instalações. Só Antonio Geraldo poderia proporcionar uma experiência desse tipo em Volta Redonda. É isso o que ele faz na exposição “Atelier aberto”, no bairro São Geraldo. São oito obras bidimensionais confeccionadas a partir de fuligem vegetal sobre madeira, medindo 1,26 x 1,60m. Mais: outras cinco confeccionadas com óxido de ferro (ferrugem), retirado de placas de folhas de flandres e palha de aço oxidado sobre lona e papel. As medidas são variadas: 1,10 x 1,20m e 67 x 80cm.
Essa é 33ª exposição individual do artista e a preparação foi bem diferente das outras, que aconteceram em galerias. A montagem usando os recursos (artísticos) do atelier possibilitou uma exposição diferente, totalmente integrada ao espaço. Para não fugir ao nome da mostra, Antonio Geraldo convidou Célia Vaz para apresentar seus trabalhos “Poesia de papel” e Zaqueu Pedroza, com dois trabalhos bidimensionais e uma performance com barro cobrindo o corpo, que foi realizada no vernissage, dia 23.
Antonio Geraldo, Baldomero e Luciene Martes, na abertura da exposição
Mas, afinal, como surgiu a ideia de “Atelier aberto”?
- A primeira ideia foi fazer uma performance na área externa do atelier, com 80 luminárias acesas com velas. A ideia cresceu, resultando na realização de uma exposição usando a área interna de 50 metros quadrados, que foi toda adaptada - conta.
Obras interativas
Outros trabalhos fazem parte da exposição. Nesses, o artista usa terras e minérios, aplicando algumas das técnicas desenvolvidas durante 20 anos de trabalho de pesquisa e pintura (pigmentação) com esses materiais. E há também obras interativas.
- Uso metais como ímã e grampos de cabelo. Para a instalação foram usadas fitas de VHS expostas penduradas, em que consigo delicadezas de movimentos e efeitos com rebatimento de luz, gerando som característico do material em movimento pelo vento - explica.
Parceria e projeto social
O “Atelier aberto” marca uma década de parceria com a Olaria Nova Dutra (Felipe Vidal Botelho), onde Antonio Geraldo sempre queimou as cerâmicas que produz, e agora os trabalhos feitos por crianças carentes encaminhadas pela psicóloga Mara Lucia Bueno. O projeto, segundo o artista, pode atender dez crianças - atualmente, sete participam, sem nenhum custo.
Todo o material é fornecido pela olaria, além da remuneração dos artistas (Antonio Geraldo e Valmira, a Val) para a realização das oficinas, aos sábados, das 10h às 11h30.
Serviço
> Atelier aberto/Antonio Geraldo - A exposição pode ser visitada até 18 de novembro, de quarta-feira a domingo, das 14 às 20h. Rua General Sampaio, 221, São Geraldo, Volta Redonda. Telefones: (24) 3350-0900 e (24) 9237-7029.