(Foto: Reprodução/Facebook - Ricardo Guimarães)
Somente a fornecedores, a dívida chega
a R$ 102 milhões, com um saldo em caixa
de apenas R$ 21 milhões
Sérgio Boechat
O tamanho do rombo orçamentário que o ex-prefeito ficha suja deixou para o Samuca: R$ 805 milhões! A total falta de transparência não permitia que se chegasse ao valor exato, porque o governo anterior tinha um outro discurso, procurando enganar a população com outdoors que escondiam o valor da dívida e este não é ainda o valor final, podendo a dívida passar de R$ 1 bilhão! Somente a fornecedores, a dívida chega a R$ 102 milhões, com um saldo em caixa de apenas R$ 21 milhões.
De 2009 a 2016, apenas em dois exercícios o município foi superavitário, porque o governo sempre gastou muito mais do que arrecada. É bom que seja enfatizado que não estão incluídos na dívida os processos judiciais e há muitos, já que o ex-prefeito ficha suja nunca gostou de cumprir as leis e as decisões judiciais. Somente em 2016, a prefeitura despendeu mais de R$ 60 milhões na Justiça Trabalhista e na Justiça Cível, pagando sentenças envolvendo violação de direitos dos servidores públicos municipais.
Telefones, Light, multas e aluguel no Plaza
A prefeitura paga a conta de 792 celulares que estão em mãos de secretários, dirigentes de órgãos municipais e assessores, gastando nesta brincadeira R$ 42 mil por mês e gasta também com as 555 linhas fixas cerca de R$ 116 mil por mês, o que demonstra uma total falta de controle por parte do governo anterior. Foram deixadas duas faturas sem pagamento! Em relação à Light, o governo Neto não pagou uma fatura de R$ 3 milhões e se essa fatura não for paga a luz da prefeitura e de todos os prédios municipais será cortada! Sem contar que o 0800 e o telefone 156 foram cortados por falta de pagamento, com uma dívida de R$ 217 mil reais!
A frota de veículos da Prefeitura acumula R$ 82 mil reais em multas e a maioria dos veículos não foi licenciado em 2016, correndo o risco da apreensão, caso saia do município para realizar qualquer tarefa. Some-se a todos esses desmandos administrativos a renovação do aluguel das 13 salas reservadas para o vice-prefeito, Carlos Roberto Paiva, no Edifício Plaza, por 12 meses, a partir do dia 25 de novembro de 2016, faltando apenas 31 dias para o término do mandato, a um custo mensal de R$ 5.767,91 e a custo anual de R$ 69.215,52.
Faltam ainda as auditorias nas folhas de pagamento, nas aposentadorias e pensões, nos contratos e convênios e determinar o retorno de todos os servidores que foram colocados à disposição de outras prefeituras ou Governo do Estado, com ônus para a Prefeitura de Volta Redonda. Tudo tem que ser feito gradativamente, inclusive com a exoneração de praticamente todos os ocupantes de cargos comissionados e a rescisão de contratos de RPA, principalmente daqueles que não ocupam funções essenciais nas unidades de Saúde.