(Fotos: Divulgação)
O aposentado Peter Georg Rommel, 64 anos, é apaixonado por trens desde a infância
Em época de quarentena, por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), enquanto algumas pessoas trabalham em esquema home office, uma boa parcela da população fica impossibilitada de atuar desta forma, em razão da própria essência profissional. E para aproveitar o tempo ocioso neste período, muitos têm aderido a atividades prazerosas e reativado antigos hobbies, como o ferreomodelismo. O trem elétrico é uma opção para quem está no isolamento social, procurando algo para entreter a mente e passar o tempo. É um hobby saudável, desestressa e ajuda neste momento tão delicado. Em Vassouras, o aposentado Peter Georg Rommel, 64 anos, é apaixonado por trens desde a infância.
- Acho que está no sangue, herança de meus tataravós - diz.
Em sua coleção, ele tem seis locomotivas e 13 vagões que rodam em sua maquete.
- Herdei esta paixão dos meus antepassados e, independentemente da pandemia, sempre me dediquei ao hobby, pois sou aficionado por ele e estou sempre me divertindo. Mexo em minha maquete diariamente, pois sempre há um reparo, uma melhoria a fazer - conta.
O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo. Por ser uma atração indoor, não está sujeita a intempéries, tem ganhado adeptos pelo Brasil e se popularizado entre os amantes de trens. Sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.
De norte a sul do Brasil, muitas pessoas têm se interessado pelos trens elétricos em miniatura, seja por pura diversão, hobby ou mesmo para preservar a memória ferroviária do país.
- Em tempos como estes, em que as famílias têm ficado em casa, é preciso arrumar algum hobby para distrair a mente. As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda a mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferreomodelismo para as futuras gerações - diz Lucas Frateschi, diretor da Frateschi Trens Elétricos, empresa que possui mais de 50 anos de atuação no mercado.