(Foto: Divulgação) 

“Eu vejo a cultura de paz uma utopia, algo que atualmente ainda não conseguimos atingir, queremos a paz, mas não temos inserido em nossa cultura algo que faça com que a paz faça parte do nosso cotidiano”

Flávio Lopes Barbosa é o 131º convidado na série de entrevistas “Opinando e Transformando”. Objetivo é formar um mosaico com o que cada um pensa desse universo multifacetado. Uma oportunidade para os internautas conhecerem um pouco mais sobre os profissionais que, de alguma forma, vivem para a arte/cultura. 

> Nome: Flávio Lopes Barbosa
> Breve biografia: Escritor, nascido em São Paulo - Capital, graduado em Psicologia clínica em (2000). Possui experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia clínica e hospitalar, especialização em dependência química, psicanalista, graduação em revisão de textos pela Uninove - SP (2010), graduação em Letras Português e Inglês pela Universidade Nove de Julho, lato sensu em Tradutor e Intérprete pela Universidade Nove de Julho (Uninove) Curso de especialização em docência no ensino superior Programa de Formação do Futuro Professor da Uninove, mestrado interrompido na PUC - SP, atuou como professor universitário na Uninove. Possui nove livros publicados. Iniciou sua carreira escrevendo livros técnicos e científicos. Atualmente escreve contos de terror psicológico. 

Confira a entrevista com Flávio Lopes Barbosa 

> Em sua opinião, o que é cultura de paz? 

Bem, falando sobre o conceito de cultura, eu entendo que cultura é aquilo que faz parte da vida de determinado povo ou população, algo que está estampado, uma marca que é muito difícil de ser removida. Agora, referindo-se ao conceito de paz, eu acredito que a paz é um sentimento almejado por todo ser vivo que habita o planeta, toda forma de vida existente, todos buscamos esse sentimento de alívio. Mas, voltando à sua pergunta, eu vejo a cultura de paz uma utopia, algo que atualmente ainda não conseguimos atingir, queremos a paz, mas não temos inserido em nossa cultura algo que faça com que a paz faça parte do nosso cotidiano. O ser humano vive hoje uma hipocrisia social, existem alguns países, como é o caso dos Estados Unidos da América, que promovem a guerra pensando na paz. Eu citei o caso dos americanos, mas a maioria dos países do Oriente Médio, da Europa e até mesmo da Ásia, desfruta desse modo de pensar. Ainda teremos que caminhar muito até que a paz faça parte da cultura mundial. Por enquanto, o que nos resta fazer são alguns atos isolados que visam ela, afinal, para mudar toda essa realidade, temos que começar de forma individual, cada um fazendo a sua parte.  

> Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?  

Como já escrevi na resposta anterior, a paz somente fará parte da cultura mundial um dia, se cada um de nós, através dos nossos atos isolados, nos motivarmos a sermos cada vez mais altruístas, aprendermos a amar e respeitar o próximo. Ter em mente que o planeta é a nossa casa e precisamos preservá-lo, que, se for destruído, ficaremos ao relento e morreremos. 

> Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade brasileira/humanidade?  

Tudo evolui, assim como nós, o planeta e tudo o que faz parte dele passa por um processo de renovação diária e constante. Desde o começo dos tempos, evoluímos como sociedade, aprendemos a depender dos outros. É fato que estamos cada vez mais conscientes de que a paz é necessária, não só para nós, mas para tudo o que funciona no nosso planeta.  

> A cultura e a educação libertam ou aprisionam os indivíduos?  

A cultura e a educação são objetos de transformação pessoal e social. Tornam os indivíduos livres, menos alienados e pensativos. Podemos dizer que a única solução para um futuro promissor, onde a cultura da paz seja estabelecida no nosso planeta, se dê através da educação e da cultura.  

> Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.  

Se bem explorado, o espaço digital pode trazer muitos benefícios para as pessoas. Nunca foi tão fácil cursar uma universidade, publicar um livro ou lançar uma música. Porém, se mal usado, pode ser um ambiente destruidor e danoso. No meu ponto de vista, assim como em toda sociedade física, deveriam ter leis mais rígidas para os crimes cibernéticos.  

> Qual mensagem você deixa para a humanidade?  

A mensagem que eu deixo para a humanidade é que sejamos mais pacientes uns com os outros. Acredito que a paciência possa ser trabalhada e é um dos caminhos para se introduzir uma cultura de paz no nosso planeta.  

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