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Dhiogo José Caetano

dhiogocaetano@hotmail.com

Série Opinando e Transformando - Episódio 137

Mella Alves - Uma troca de folhas culturais

Poeta que começou a escrever e editar poemas aos 35 anos fala da sua trajetória, sobre cultura de paz, educação e espaço digital

Pelo Brasil  –  27/07/2023 19:29

137
 
(Fotos: Divulgação)

“E, se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar”. 

(Clarice Lispecto)

Mella Alves é a 137ª convidada na série de entrevistas “Opinando e Transformando”. Objetivo é formar um mosaico com o que cada um pensa desse universo multifacetado. Uma oportunidade para os internautas conhecerem um pouco mais sobre os profissionais que, de alguma forma, vivem para a arte/cultura.

> Nome: Maria Amélia Alves (Mella Alves)
> Breve biografia: Mella Alves nasceu em 1º de maio de 1973. Filha de uma faxineira, de nome Vânia, e de um policial civil, de nome Rubens, que já morreu. Segunda filha do casal de quatro filhos. Sendo três irmãs e um irmão (esse último também morreu). É natural da capital mineira Belo Horizonte, e morou um ano, na infância, no interior de Minas, na cidade de Moema. Junto aos avós Pedro e Amélia, conheceu a vida do interior. Foi alfabetizada pela irmã primogênita, e frequentou escola somente por três anos, pois era levada pela mãe em um carrinho de mão (de construção), para poder estudar. Nasceu com doença degenerativa, distrofia muscular progressiva. Hoje faz uso de um BIPAP (ventilação mecânica monitorada) à noite, para dormir. Deixou de ir à escola por não decorar tabuada. Mas apegou-se aos livros como fonte de vida. Sua irmã os trazia da biblioteca, para alimentar sua fome de saber. Seu amor pela poesia nasceu ao ver a irmã recitar o poema “Borboletas”, o qual ela não conseguiu decorar. E propôs a si mesma um dia conseguir escrever poesia. Engavetou esse sonho até o dia certo de despertar, passando a escrever e editar poesias aos 35 anos. Enfatiza que tem a alegria de participar de uma coletânea infantil em 2018. “A poesia é minha vida”.  

Confira a entrevista com Mella Alves

> Em sua opinião, o que é cultura de paz? 

Querer ser livre é também querer livres os outros”. (Simone de Beauvoir)
Divulgação do amor, humor, música, arte pintada, bordada, culinária terapia ocupacional, criar egrégora de luz, irmandade de almas. Mostrar caminhos errados da nossa história que superandos tornam-se vitórias. 

> Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica? 

Preciso apontar caminhos, não defeitos. Acolher versatilidade de cada ser humano ímpar, com direitos iguais.
Seja a mudança que você quer ver no mundo”. (Mahatma Gandhi)
Amar o próximo como a mim mesma, eu adoro-me! 

> A cultura e a educação libertam ou aprisionam os indivíduos? 

Quando usada para justificar tolice é um calabouço. Quando direcionada para abrir nossa visão mundial e cultural, ela liberta, nos concedendo asas. 

> Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade. 

Ao meu ver, portal de luz, sem limite de tempo ou barreira. Unificando famílias, trazendo oportunidade de crescimento emocional e financeiro, medicando as mazelas íntimas.
Ao dar voz aos haters (odiadores), arrancam a máscara da sociedade os tonando mais aptos a repensar os malefícios dos atos, pois tudo que enviamos volta, bumerangue. Ajuda criar casca de sabedoria, a acreditar na própria missão, ignorando falas sem propósitos.
Existem haters, divulgadores e colaboradores espontâneos, que abrem caminhos ao valor dos originais e carismáticos talentos.  

> Qual mensagem você deixa para a humanidade? 

Trocar sempre as folhas culturais, manter sempre firme a nossa raiz de valores. 

> Clique e confira todas as entrevistas da série sobre Cultura "Opinando e Transformando"   

 

Por Dhiogo José Caetano  –  dhiogocaetano@hotmail.com

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