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Os Grandes Irmãos

Sociedade não tolera mais as mentiras e distorções da máquina

Internet, por meio das redes sociais, principalmente, nos permite acompanhar tudo e nos oferece outros caminhos para análise e formações de nossas opiniões

Pelo Brasil  –  24/07/2013 21:19

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(Foto Ilustrativa)

Observando os acontecimentos recentes nos cabe
pensar que talvez o Big Brother de George Orwell não seja o Estado

Em 1949, o inglês George Orwell escreveu o livro "1984" e execrou o regime ditatorial soviético. Batizou-o de Big Brother, o Grande Irmão, que tudo via, tudo sabia e tudo previa. Aliás, essa é a origem do nome do mais famoso reality show que conhecemos. No livro o autor apresenta o Estado como controlador absoluto de todo meio de comunicação da sociedade. O Grande Irmão dobrava todos à sua vontade. O lema do regime era Big Brother is Watching You, o Grande Irmão te vigia. Pessimista, o autor viu o futuro desesperançado.

Voltaire Schilling escreveu recentemente que "O estado moderno, particularmente os de regime socialista, o do impessoal Grande Irmão, desenvolvera tamanha capacitação de controle do coração e da mente dos indivíduos que era impossível pô-lo abaixo. É de se supor que ele jamais poderia prever que aquele regime da perfeita opressão terminasse, no final das contas, por ser demolido pelas massas trabalhadoras. Foram eles, afinal, os filhos diletos do Grande Irmão, como os acontecimentos de 1989 demonstraram, quem saíram às ruas de Gdansk, de Varsóvia, de Berlim, de Praga, de Moscou mesmo, para por um basta naquilo tudo". 

Câmeras vigilantes estão hoje nas mãos da sociedade civil

Observando os acontecimentos recentes nos cabe pensar que talvez o Big Brother de George Orwell não seja o Estado. As câmeras vigilantes estão hoje nas mãos da sociedade civil. Nos últimos meses testemunhamos por meio dos mais variados meios de comunicação o atentado em Boston e os vandalismos da Polícia Militar no Brasil durante as manifestações. O registro em fotos e vídeos do povo na rua e ainda a transmissão ao vivo de dentro dos acontecimentos, como faz a Mídia Ninja, se mostram como um arauto da vigilância. Não resta dúvida de que todas as câmeras que capturaram a descarada atitude dos policiais à paisana, com postura e conduta de serviço, apontam alguns caminhos que precisam ser investigados, tanto pelos órgãos competentes quanto no meio acadêmico.

A Polícia Militar tem como liderança máxima o Executivo estadual. Portanto, é improvável que o Sr. Sergio Cabral desconheça a ação à paisana dos militares. Dessa forma, constata-se sua tremenda ignorância em relação ao mundo atual. Ele deve achar que vivemos nas mesmas condições da década de 1960. Hoje, a sociedade demonstrou não só a força da mobilização ao ir para as ruas, como o domínio da cobertura e projeção dos fatos. Em tempo real conseguimos acompanhar as manifestações, mas acima de tudo vigiar a ação da polícia e a repressão às manifestações. Os grandes veículos da imprensa para cobrirem os fatos de dentro hoje precisam estar à paisana e se comportar como os policiais. A sociedade não tolera mais as mentiras e distorções geradas pela máquina poderosa. Mas, a internet, por meio das redes sociais, principalmente, nos permite acompanhar tudo e nos oferece outros caminhos para análise e para a formações de nossas opiniões.

Internautas comprovaram que acusações são mentirosas 

O jovem Bruno Ferreira Teles foi acusado de ter lançado o primeiro coquetel molotov, na manifestação em frente ao Palácio Guanabara no Rio de Janeiro, logo em seguida à saída do Papa Francisco em seu primeiro dia de visita ao Brasil no último fim de semana. Mas os Grandes Irmãos das redes sociais saíram em defesa do jovem e comprovam que cada acusação apresentada pela polícia é mentira e ainda apresentam claramente a participação de dezenas de policiais "disfarçados" de manifestantes, muitos cobrindo os rostos com as máscaras que se tornaram símbolo da luta popular. 

Em alguns vídeos vemos a população expulsando cinco policiais da manifestação, e outros em que agentes do Bope são identificados por meio de suas fotos em operação nos morros da capital carioca. Devemos a partir de agora atribuir um novo sentido para o termo "jeitinho brasileiro". Enquanto os americanos investiram milhões de dólares nas investigações dos atentados de Boston, nós brasileiros só precisamos preservar livre a nossa comunicação em todos os veículos e cada vez mais lutar por nossa liberdade. Nossos Grandes Irmãos estão de olhos abertos, observando tudo.

Manifestantes gravaram... Veja os vídeos

> Se nós vemos, por que a polícia não vê?

Por Bravo  –  marcelobrv@gmail.com

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