(Foto: Divulgação)
“Um indivíduo privado de educação e de cultura se torna um prisioneiro pela dificuldade ou incapacidade de um relacionamento positivo com a sociedade”.
Atilio Bari é o 96º convidado na série de entrevistas “Opinando e Transformando”. Objetivo é formar um mosaico com o que cada um pensa desse universo multifacetado. Uma oportunidade para os internautas conhecerem um pouco mais sobre os profissionais que, de alguma forma, vivem para a arte/cultura.
> Nome: Atilio Bari
> Breve biografia: Produtor e apresentador do programa “Persona em Foco” e da série “Novela - 65 Anos de Emoções (TV Cultura). Ator, dramaturgo, escritor, produtor cultural. Fundador do Grupo Theatralha & Cia., criado em 1987, com o qual produziu 20 espetáculos teatrais. Ganhador do Prêmio Apetesp de 1996 pelo seu trabalho em “Frankenstinho”. Várias indicações ao prêmio Mambembe e em festivais de teatro do interior paulista. Dramaturgo com diversos textos encenados, dentre eles “O Pequeno Imperador” (indicação para o prêmio Mambembe), “Ai Caçarola”, “O Homem que Calculava”. Roteirista, tendo desenvolvido diversas adaptações teatrais para a TV Cultura. Criador dos programas “Agendinha” e “Baú de Histórias”, esse com o grupo Ópera na Mala. Diretor das séries “Antunes Filho em Preto e Branco” e “Grande Teatro em Preto e Branco”, e coidealizador da série “Direções”, todas na TV Cultura. Como escritor, tem oito livros publicados, tendo recebido diversas premiações de literatura.
Confira a entrevista com Atilio Bari
> Em sua opinião, o que é cultura de paz?
A cultura da paz abrange diversos aspectos da vida em sociedade, e deve se manifestar através de incentivos para que as pessoas respeitem as diferenças, os conceitos de liberdade, tolerância, igualdade de gêneros e raças, e principalmente de justiça. E também pela rejeição da violência, em todas as suas formas.
> Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?
Principalmente através da educação das crianças e jovens, do culto aos bons hábitos e da difusão da leitura e das atividades físicas e mentais positivas.
> Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade brasileira/humanidade?
Embora sejamos considerados um povo de índole pacífica, a sociedade brasileira não tem um histórico significativo na questão da cultura de paz. A questão tem surgido com mais força e presença na mídia por conta muito mais do avanço da violência do que pelo reconhecimento da importância do tema em qualquer tempo. Não é um fenômeno especificamente do nosso país - em outras regiões do planeta ocorrem situações semelhantes. A humanidade como um todo deveria se conscientizar de que sem paz nada vale a pena.
> A cultura e a educação libertam ou aprisionam os indivíduos?
As melhores formas de libertação de um indivíduo são através do conhecimento, ou seja, da educação em sua maior amplitude (pessoal, social, técnica, profissional) e da cultura, que amplia os horizontes do ser humano e a sua capacidade de entendimento do mundo e das pessoas. Um indivíduo privado de educação e de cultura se torna um prisioneiro pela dificuldade ou incapacidade de um relacionamento positivo com a sociedade.
> Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.
Nunca houve, na história do mundo, tantas ferramentas e tanta facilidade de nos comunicarmos com outras pessoas, de qualquer parte do mundo. O meio digital, através das suas inúmeras plataformas, nos conecta imediatamente e nos permite difundir, trocar, debater ideias. Embora comumente seja mais utilizado para finalidades de entretenimento ou difusão de notícias falsas e de cunho preconceituoso ou violento, o espaço digital pode não apenas responder de maneira positiva a essas manifestações, como também ser um importantíssimo veículo de difusão e discussão de temas que levem ao aperfeiçoamento do ser humano.
> Qual mensagem você deixa para a humanidade?
Melhoremos. Deixemos de lado os preconceitos, não nos conformemos com as injustiças, busquemos nos melhorar em termos humanitários, estendamos a mão para quem precisa de uma oportunidade, e ajamos de maneira a construir um amanhã melhor, que é o que esperam de nós os nossos descendentes.
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