(Foto Ilustrativa)
Por meio de políticas públicas, devemos promover a democratização ao acesso à proteção social, capacitando e fomentando os profissionais do setor responsável a ter um olhar humanizado, ético e consciente diante da fragilidade do sistema e dos indivíduos assistidos
A desproteção social está diretamente ligada à negligência dos órgãos responsáveis pela proteção social do indivíduo ou família. Vivenciamos uma realidade onde os setores responsáveis pela proteção dos indivíduos, infelizmente, utilizam-se de recursos burocráticos e excludentes, no tocante ao acesso dos direitos sociais.
Pobreza vai além do termo etimológico da palavra, a subsistência está correlacionada com os diretos universais de igualdade.
Porém, é nítida que a nossa sociedade lamentavelmente vincula proteção social a barganhas políticas. Assistem aqueles que “convém”, dificultando o acesso aos direitos fundamentais às famílias que necessitam - grande parcela dessas, excepcionalmente não está dentro do foco de possibilidades daqueles que governam.
A problemática com relação à vulnerabilidade perpassa no contexto de “bestialização” dos indivíduos que, alienados a uma realidade imposta por um sistema polarizado, não questionam e não fazem questionar o setor competente que deveria investigar as estatísticas no que se refere à expectativa de vida, mortalidade infantil, acesso à saúde, educação, saneamento básico, água canalizada e o direito de ser e pertencer.
Por meio de políticas públicas, devemos promover a democratização ao acesso à proteção social, capacitando e fomentando os profissionais do setor responsável a ter um olhar humanizado, ético e consciente diante da fragilidade do sistema e dos indivíduos assistidos. Analisar qualitativamente e quantitativamente os pontos negativos e positivos que norteiam o contexto social das comunidades, despertando os indivíduos com a utilização do diálogo direto e indireto, articulando movimentos informativos dos direitos que muitos ainda não acessaram, devido à “ausência” de informação, gerando uma corrente de agentes conscienciosos e habilitados a enfrentar os casos de desproteção social.
Portanto, a união da comunidade, Creas, Cras e órgãos vinculados, é um possível caminho para a desburocratização do acesso aos direitos, tornando provável uma realidade social equitativa, humanizada, coerente com as bases constitucionais.