(Fotos: Divulgação)
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“Respeitar o próximo como a ti mesmo. Respeitar não tem nada a ver com aceitar, deveria ser apenas o princípio básico de uma consciência que, de fato, reflete e vive dentro de um coletivo”.
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Márwio Câmara é o 113º convidado na série de entrevistas “Opinando e Transformando”. Objetivo é formar um mosaico com o que cada um pensa desse universo multifacetado. Uma oportunidade para os internautas conhecerem um pouco mais sobre os profissionais que, de alguma forma, vivem para a arte/cultura.
> Nome: Márwio Câmara
> Breve biografia: Nasceu no Rio de Janeiro, em 1989. É bacharel em comunicação social, com habilitação em jornalismo, licenciado em letras e pós-graduado em estudos linguísticos e literários. Assina entrevistas com escritores brasileiros para o “Jornal Rascunho”. Leciona língua portuguesa, literatura e produção textual. Autor do romance “Escobar”, editado pela Moinhos. Sobre “Escobar”: Após a trágica morte de um amigo, Escobar, o narrador que dá nome ao primeiro romance, resolve escrever alguns fatos que marcaram seus últimos meses. O livro trata sobre as complexidades do amor e do desejo humano em linguagem que versa entre a poesia, o diário e o roteiro cinematográfico, fazendo de Câmara uma das novas apostas da literatura brasileira.
Confira e entrevista com Márwio Câmara
> Em sua opinião, o que é cultura de paz?
Pensar de uma forma que nós, enquanto sociedade, precisamos evoluir através do diálogo e do respeito ao próximo. Uma pena que estamos longe ainda desse projeto.
> Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?
Creio que através da comunicação e da própria consciência que todos nós só evoluímos com humildade, respeito e sensibilidade. Acredito muito no papel transformador da educação e da arte. Como leitor e escritor, penso que a literatura nos muda de alguma forma, porque mimetiza a sociedade e o indivíduo, com todas as suas idiossincrasias, etc. Creio numa cultura de paz quando há uma política que trabalhe verdadeiramente em prol de seu povo, sem exaltar o ódio, o negacionismo e as fake news. Não se faz uma boa política sem um projeto que potencialize o seu povo.
> Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade brasileira/humanidade?
Pensando em toda a historicidade do Brasil, começando com a incursão dos portugueses no século 16, a desculturalização e o genocídio dos povos indígenas, o tráfico negreiro e a posterior carência de políticas públicas a essa gente, eu não sei exatamente se já existiu alguma cultura de paz neste país.
> A cultura e a educação libertam ou aprisionam os indivíduos?
A educação sempre será a única alternativa para tirar o povo do obscurantismo da caverna. Não existe uma nação evoluída sem que não se privilegie a educação, sem que ela seja tratada como a base de um país.
> Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.
Acho que a globalização trouxe mudanças significativas para a sociedade como um todo. O espaço digital corrobora com a democratização da informação e do espaço público, porém temos colhido os maus frutos também de tudo isso, a exemplo dos discursos de ódio, do cyberbullyng e da cultura do cancelamento.
> Qual mensagem você deixa para a humanidade?
Respeitar o próximo como a ti mesmo. Respeitar não tem nada a ver com aceitar, deveria ser apenas o princípio básico de uma consciência que, de fato, reflete e vive dentro de um coletivo.
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