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“Somos diferentes e unos ao mesmo tempo, livres para mostrar o que temos de melhor”
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Rita Queiroz é a 117ª convidada na série de entrevistas “Opinando e Transformando”. Objetivo é formar um mosaico com o que cada um pensa desse universo multifacetado. Uma oportunidade para os internautas conhecerem um pouco mais sobre os profissionais que, de alguma forma, vivem para a arte/cultura.
> Nome: Rita Queiroz
> Breve biografia: Doutora em filologia e língua portuguesa. Professora universitária. Escritora. Poeta. Autora de sete livros de poemas, um livro de contos para o público adulto e sete livros infanto-juvenis. Organizadora de 12 coletâneas. Participações em mais de 100 coletâneas. Publicações em revistas literárias nacionais e internacionais. Integra os coletivos: Confraria Poética Feminina, Mulherio das Letras, Confraria Ciranda Poetrix e Coletivo de Autoras de Literatura Infanto-juvenil da Bahia. Integrante das academias: Academia Virtual de Arte Literária (Aval), Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB), Academia Internacional Mulheres das Letras (AIML), Academia Independente de Letras (AIL), Academia de Artes e Letras Internacional da Baixada Fluminense e Brasil (AALIBB), Academia Internacional de Letras e Artes Poetas Além do Tempo (AILAP), Academia Intercontinental Sênior de Literatura e Arte (Aisla), Núcleo Acadêmico Italiano di Scienza, Lettere e Arti (Naisla) e Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil (ACILBRAS). Integrante do Institut Cultive Suisse Brésil (Delegué do Núcleo Recôncavo baiano) e da Casa do Poeta de Alagoinhas (Caspal).
Confira a entrevista com Rita Queiroz
> Em sua opinião, o que é cultura de paz?
Cultura de paz é a promoção do diálogo, é a harmonia entre os povos a partir do entendimento de que somos todos parte de um todo, mesmo com toda a diversidade que nos permeia.
> Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?
Buscando respeitar e aceitar as diferenças: de gênero, de raça, de cor, de culturas, enfim, acatando os direitos humanos; sendo tolerantes, solidários, democráticos. Devemos promover o desarmamento, não impedir o fluxo de informações (as quais devem ser livres e verdadeiras). Por fim, devemos favorecer o desenvolvimento sustentável.
> Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade brasileira/humanidade?
A sociedade brasileira foi moldada na cultura da violência, haja vista a tentativa de escravização dos povos originários e depois com os povos vindos da África. Os golpes de Estado ocorridos ao longo da nossa história política. A posse da terra, obtida de modo violento ou fraudulento. Isso tudo repercute na contemporaneidade, quando vemos muitos processos de violência contra pessoas da periferia, contra aqueles que defendem a terra, contra mulheres que lutam pelos seus direitos, contra crianças e idosos, contra pessoas homossexuais e trans. Há uma lista enorme dessas violências. Por outro lado, há quem lute (lutar no sentido de combater essas violências) pela paz, pela igualdade, pelo desarmamento, pelo desenvolvimento sustentável, tentando reverter todo esse processo violento. A luta é árdua e constante, principalmente vinda de grupos (influenciadores) de outras nações que buscam uma sociedade justa e solidária. Assim, intenta-se difundir conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos, a fim de se rejeitar a violência e estabelecer a cultura da paz.
> A cultura e a educação libertam ou aprisionam os indivíduos?
A cultura e a educação são libertárias. Elas nos levam a entender os princípios que regem o universo. Sem cultura e educação não seríamos seres pensantes e atuantes. Dentro da cultura estão todas as manifestações artísticas, como a literatura, a música, a dança, o teatro, o folclore. Isso nos torna diferentes e unos ao mesmo tempo, livres para mostrar o que temos de melhor. E a educação vai nos construindo enquanto esses seres.
> Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.
O espaço digital, principalmente em tempos pandêmicos, tem se constituído como amplo e irrestrito, abarcando pessoas do mundo inteiro, todas interconectadas, fazendo com que as distâncias sejam minimizadas. Isso tem aproximado as pessoas e com isso difundido o despertar de uma consciência de que somos todos parte de um todo ocupando a Terra. Por isso, é fundamental entendermos esse princípio.
> Qual mensagem você deixa para a humanidade?
Somos unos e diversos. Isso nos fazem seres que pensam e agem para a construção de um mundo cada vez mais igualitário e justo, no qual a paz reinará de forma que todos se entenderão quanto à preservação da natureza, ao respeito às diferenças, ao bem-estar comum, à aceitação das manifestações artísticas e religiosas, etc. Cultuemos a paz e sejamos felizes e plenos!
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