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Olhar Pop

Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

Nas Ondas do Rádio

O "Microfone na rua" de Hilton Alexandre Alves, o Peninha

Jornalista da Rádio do Comércio investe no formato reportagem ao vivo nas ruas e diz que em 2013 vai apostar ainda mais na interatividade

Perfil  –  27/03/2013 16:22

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(Foto: Divulgação)

Penhinha: No ar de segunda a sexta, das 8 às 11h

 

"Informar com isenção". Assim Hilton Alexandre Alves da Silva, o Peninha, de 46 anos, define sua atuação no programa "Microfone na rua" (Rádio do Comércio AM, de segunda a sexta-feira, das 8 às 11h). Casado, natural de Barra Mansa, pratica automobilismo, é formado em economia (Dom Bosco em Resende-RJ), advogado pelo UBM (Centro Universitário de Barra Mansa), com pós-graduação em propaganda e marketing.

Radialista e jornalista habilitado, é presidente da Aerj (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Rio de Janeiro), integrante do conselho da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e do conselho superior da Aciap (Associação Comercial Industrial Agro-Pastoril e Prestadora de Serviços de Barra Mansa). Também é patrono da Academia Barramansense de História.

Peninha começou no rádio aos 13 anos, como operador de externa, passando a varias funções na área técnica da Rádio do Comércio 1450 AM. No ar, na mesma emissora, iniciou em 1981 como repórter esportivo, posteriormente na área policial e finalmente no comando do programa "Microfone na rua". Confira o bate-papo do OLHO VIVO com o radialista.

"O meu programa é o único no Brasil que
um ouvinte entra no ar sem precisar passar
por uma triagem ou ter a sua voz cortada"

Proposta de trabalho - Informar com isenção, sempre incentivando o ouvinte a ter a sua própria opinião, a desenvolver a sua própria linha de raciocínio. Acredito que só construiremos uma sociedade responsável a partir do momento que o cidadão seja consciente dos seus atos e assuma as suas consequências.

AM versus FM - Não acho que a AM está sendo substituída pela FM. Acho que a FM que está se transformando em AM, em termos de programação. O que assistimos hoje é a migração da programação da AM para a FM, matando o estilo musical/cultural desse importante segmento de comunicação social. É evidente que a qualidade sonora da frequência modulada é muita superior à da amplitude modulada. A frequência de AM sofre muitas interferências urbanas, como motores elétricos, fiação de energia etc., e também a baixa qualidade dos receptores fabricados na China. Com o crescimento urbano, a qualidade sonora da AM ficou prejudicada, é natural a busca de soluções, que a única viável momentaneamente é aproveitar a característica de propagação mais limpa da FM.

A AM tem a característica de ir mais longe, a Rádio do Comércio, por exemplo, é sintonizada em todas as cidades da região, até mesmo no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, às vezes temos dificuldade de sinal no subsolo de um shopping ou edifício na nossa própria cidade. Mas, mesmo assim, como não temos uma programação musical e sim de jornalismo, não se sente tanta diferença na qualidade do som, o que nos garante a liderança em vários horários.

Internet versus AM - Vejo a internet como uma aliada e não como concorrente. A Rádio do Comércio tem como característica a interatividade e isso muito nos ajuda com as redes sociais, como também a transmissão simultânea de nossa programação com qualidade digital, pela internet.

Liberdade de expressão - É o alicerce da Rádio do Comércio, que lutou contra a ditadura militar, portanto, todos os programas tende a se encaixar com esse DNA. O meu programa é o único no Brasil que um ouvinte entra no ar sem precisar passar por uma triagem ou ter a sua voz cortada. É lógico que existe o limite da responsabilidade e do nível do conteúdo. Quanto à questão política, a Rádio do Comércio sofre sempre de uma incompreensão por parte das lideranças. Esses, quando são oposição, amam o jeito livre e democrático da emissora. Mas quando chegam ao poder, passam a se queixar e tentar coibir a forma que fazemos rádio.

Formato do programa - Sempre fazemos alguns ajustes mais "cosméticos", mas a essência de informação livre é a mesma. O programa, como o próprio nome diz, é de reportagem ao vivo nas ruas, por isso muito dinâmico e se contrapondo a existência de quadros fixos.

Concorrência - Quando comecei o programa, éramos os únicos com esse formato de notícias ao vivo na rua, delegacias. Hoje existem vários programas com o mesmo estilo, mas, ao contrário do que se possa pensar, acho isso positivo. Quanto mais informação, mais questionamentos, mais desenvolveremos o senso critico do cidadão, onde tenho esperança de que teremos melhores eleitores.

Rádio versus TV - Não tive experiência na televisão. Sou cria do rádio e nas poucas oportunidades que experimentei TV não me adaptei ao estilo pasteurizado desse veículo.

"Quando comecei o programa, éramos os únicos
com esse formato de notícias ao vivo na rua, delegacias. Hoje existem vários programas com o mesmo estilo"

Público - Meu público vem crescendo muito no meio dos jovens, o que eu acho muito positivo, talvez seja reflexo da interação com as redes sociais. Os ouvintes se sentem muito à vontade para se expressarem, tanto que às vezes reclamam até de nós mesmos.

Influências profissionais - Meu pai, que foi fundador da Rádio, e meu irmão Sebastião Alves.

Renovação no rádio - Hoje realmente o rádio, como a TV, não geram mais o fascínio nos jovens como antigamente. Hoje o jovem aspira mais desvendar os segredos do mundo da computação do que das mídias tradicionais. Mas noto também que, ao alcançarem a fase adulta, os jovens voltam a valorizar o rádio e a televisão. Por isso, nós damos muita importância às redes sociais e outras formas de interatividade pela internet.

Rotina para o trabalho - O radialista tem uma vida de operário. Acordo cedo todos os dias, por volta das 6h, e começo a preparação do programa. Com discussão de pautas com a equipe e o que obriga a minha rotina pessoal ser bem comedida em relação à vida social noturna.

Família - A minha família sempre foi muito atuante na minha vida profissional. O meu pai e meu irmão, diretamente na rádio, a minha esposa compreendendo as limitações e obrigações de horários do rádio. E agora, nos últimos anos, o meu filho trabalha comigo na rádio, como também no horário onde ele faz o seu próprio programa.

Novidades - Temos alguns projetos bem avançados nesse sentido da interatividade. Acredito que o rádio tem que ser a voz da comunidade e um alicerce da democracia com a sua liberdade de expressão. Em 2013 caminharemos mais fortes para esse lado.

Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

2 Comentários

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  • ronildo silas de oliveira

    VISTORIA DETRAN ; morador vila em Volta Redonda, so estamos conseguindo marcar vistoria via despachante com custo de 40,00 a 80,00 reais, pois alegam que eles tem uma senha diferente, ou marcarmos para outra cidade ou no rio de janeiro, sera que estamos retrocendo ao passado , antes da atuação do Neto no detran que organizou esta melhoria , que hoje não se ve mais. Fiquei sabendo que Neto proibiu esta ação de reboque em volta redonda. Parabéns!

  • ronildo s oliveira (vila santa cecilia)

    conheci minha esposa deise, em barra mansa, bairro várgea da oficina, eu com 15 anos e ela com 13 anos , nas férias e festa junina , isto ocrreu a 45 anos atrás de muito convivência , carinho e amor.