(Fotos: Divulgação)
Depois circular o Brasil, cia. baseada em Penedo se apresenta em Barra Mansa, no dia 1° de novembro, sexta-feira, às 20h
Antonin Artaud, dramaturgo e poeta, passou quase sua vida inteira internado em asilos de loucos e produziu uma obra tão intensa e devastadora que tinha a intensão de “fazer a plateia gritar”. “Ta Azor: A lucidez de Artaud” é o grito da Cia. Da Ação!, baseada em Penedo, que depois de curcular o Brasil chega ao Tulhas do Café, no Parque da Cidade, em Barra Mansa. O espetáculo terá única apresentação no dia 1° de novembro, sexta-feira, às 20h.
- Gritamos contra a incompreensão, com toda lucidez de Artaud. A partir das ideias deste genial artista, quatro atores celebram um ritual, em alguns momentos representando o próprio Artaud e outras personagens, e em outros representando a si mesmos. Nesta arena preparada para repensar a vida e obra de Artaud, pretendemos comungar com a plateia toda esta intensidade a que o autor nos convida - explica o roteirista e encenador Calé Miranda.
O senso comum olha Artaud como um louco, porém os artistas envolvidos no espetáculo acreditam nas ideias do autor e olham para seus escritos não como se um louco os estivesse elaborado, mas como o pensamento de uma pessoa lúcida e contemporânea, que fala para a plateia do nosso tempo.
- São as ideias de Artaud que defendemos e é a partir delas que construímos o nosso teatro.
A montagem também pode ser vista como um libelo em favor da luta antimanicomial e contra o retrocesso nas artes na atualidade. O roteiro privilegia os textos teóricos, onde estão contidas as ideias do autor sobre o teatro e a criação artística em geral, mas também tem uma encenação da peça curta “Jato de sangue”, escrita por Artaud durante uma de suas diversas internações.
Um jogo profundo
Antonin Artaud, dramaturgo e ator francês, sempre olhou o teatro não como diversão, mas como a experiência de um “jogo profundo”, dirigido não somente aos sentidos dos espectadores, mas a “toda uma existência”.
- A realidade vista ao mesmo tempo pelo direito e pelo avesso, uma alucinação escolhida como principal meio dramático.
Para Artaud, o verdadeiro teatro é aquele que celebra um ritual onde todos, atores e plateia, estão comprometidos numa mesma intensidade.
- Nós arriscamos nossa vida no espetáculo que acontece em cena, se não tivéssemos o sentido nítido e profundo de que uma parcela da nossa vida está empenhada em cena, não acharíamos necessário levar mais longe a experiência.
Quem é quem no espetáculo
. Roteiro e encenação: Calé Miranda
. Elenco:
Mônica Izidoro
Fátima Colin
Júlio César Pires
Arthur Vinciprova
. Ambientação cênica: Calé Miranda
. Iluminação: Eliza Moreira
. Supervisão de iluminação: Calé Miranda
. Sonoplastia: Marco Netto
. Figurino: Calé Miranda
. Design gráfico: Fred Kanashiro
. Fotografia: Marco Netto Produção, Cia. Da Ação!
> Ta Azor: A lucidez de Artaud - Linguagem: teatro ritual. Data: 1° de novembro. Dia da semana e horário: sexta-feira, às 20h. Valor do Ingresso: R$ 20 (promoção de meia entrada para todos). Público: 80 lugares. Duração: 67 minutos. Classificação etária: 14 anos. Local: Espaço Cultural Tulhas do Café, Parque da Cidade, Barra Mansa.