(Fotos: Divulgação)
Alto e baixo: Glória Pires, ótima; Celulari ainda não encontrou o tom cômico do personagem
Como disse na estreia de “Lado a lado”, lançamentos de novelas aguçam minha curiosidade. Para não perder meus treinos, cheguei mais cedo à academia para conferir, ainda que rapidamente, o primeiro capítulo de “Guerra dos sexos” (19h, Rede Globo). E entre um intervalo e outro dos treinos, pude apreciar a nova trama de Silvio de Abreu que, como o próprio autor enfatizou, não se trata de um remake. É uma nova história.
De fato. Apesar de ser datada, a novela promete divertir. Mas a comédia surge tímida entre uma cena e outra. A tão aguardada trama marcou 27 pontos de audiência, média menor do que a antecessora “Cheias de charme”, com 33 pontos na estreia.
Com ótima fotografia e competente direção de Jorge Fernando, a novela mostrou os primeiros embates entre os protagonistas Charlô II e Otávio II (Irene Ravache e Tony Ramos); Roberta e Felipe (Glória Pires e Edson Celulari). Uma homenagem foi feita aos antigos protagonistas (Fernanda Montenegro e Paulo Autran) com inserção de imagens dos primos que se odeiam.
Tudo remete à primeira montagem
Referências à primeira montagem não faltaram na nova “Guerra dos sexos”. A trilha sonora é saudosista, desde a música de abertura com novo arranjo, assim como os outros hits do original de 1983. E também atores falando diretamente para a câmera, dialogando com o público, artifício que a novela usou e abusou na época.
Vale lembrar que os tempos são outros e esse humor televisivo não é mais novidade, apesar do tema machismo x feminismo ganhar enorme repercussão em 1983. É claro que os machões ainda existem e que as mulheres continuam ganhando menos do que os homens no mercado de trabalho.
A nova “Guerra” teve alguns destaques
A abertura em tom de animação mostrou a cena ícone com os primos protagonistas se enfrentando na mesa do café.
Com um elenco estelar, a novela marcou a volta de Carlos Alberto Richelli (numa rápida participação) e Luana Piovani. E também o retorno de Reynaldo Gianecchini e Drica Moraes, celebrando o momento de superação.
Irene Ravache, Tony Ramos, Glória Pires e Mariana Ximenes arrasaram. Edson Celulari mostrou um Felipe tímido e canastrão. O ator ainda não encontrou o tom cômico do personagem.
Entre críticas e elogios, a trama teve boa repercussão do público.
Vamos aguardar mais surpresas em “Guerra dos sexos”. A guerra está só começando. Abraços.