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"Avenida Brasil" teve falhas mas terminou em apoteose

Novela certamente entrará para a história da teledramaturgia por causa do roteiro eficiente, talento do elenco e da produção impecável

Televisão  –  20/10/2012 11:46

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(Foto: Divulgação)

Adriana Esteves e Débora Falabella

deram um show a cada capítulo

Em 1989, o Brasil parou para assistir ao último capítulo de “Vale tudo”, um megassucesso. Anos depois foi a vez de “Avenida Brasil”, considerada a novela mais comentada e assistida dos últimos tempos, tornando-se uma campeã de audiência e verdadeiro fenômeno nas ruas e redes sociais. A trama chegou ao fim ontem à noite, 19, mas certamente entrará para a história da teledramaturgia. Uma apoteose.

A trama muito bem urdida de “Avenida Brasil” deu possibilidades a todos os integrantes do elenco e conseguiu prender a atenção do público, ainda que sérios deslizes nas situações tramadas por João Emanuel Carneiro tenham comprometido a narrativa. Foi o caso da vingança de Nina, que revelou algumas falhas no decorrer da novela.

Tema obrigatório nas conversas

Em seus últimos dias no ar, a criação de João Emanuel Carneiro virou tema obrigatório nas conversas até mesmo das poucas pessoas que não acompanham a trama. Compromissos eram marcados para depois da exibição do capítulo e até os motoristas de táxi acompanham a trama no próprio carro.

A vingança de Nina (Débora Falabella) contra a vilã Carminha (Adriana Esteves) constitui o elo condutor da trama, mas são os novos ricos, com seus exageros e sua espontaneidade, que foram a base e atração maior, recheados por tipos barulhentos, sem modos, porém, trabalhadores alegres e solidários. Assim são as personagens de “Avenida Brasil”, espelho dos milhões de brasileiros que saíram da pobreza e que claramente aprovaram sua caracterização nessa obra de ficção que levou diariamente 38 milhões de pessoas para frente da TV, popularizando a classe C. Certamente um dos pontos altos da novela.

Direção impecável

Carneiro merece todos os aplausos, desde o início da trama angariou uma legião de fãs que acostumaram a ver uma trama ágil, personagens dúbios e ganchos que surpreenderam a cada capítulo. Sem sombra de dúvida, a direção foi a maior responsável pelo espetáculo que se viu na tela nos últimos meses, ao orquestrar, de modo perfeito, o roteiro eficiente do autor, a produção impecável, e o talento do elenco reunido nessa produção.

Menções honrosas para Vera Holtz, Marcello Novaes, José de Abreu, Eliane Giardini, Marcos Caruso, que propiciaram ótimos momentos, e aplausos para as coadjuvantes que muitas vezes ocupavam o posto de protagonistas, como Claudia Missura (Janaína) e Cacau Protasio (Zezé), que souberam usar o humor na medida certa entre as cenas. E as brilhantes atuações de Adriana Esteves e Débora Falabella, que deram um show a cada capítulo.

Entre choros e despedidas, eu fico por aqui aguardando a nova saga de Glória Perez. “Salve Jorge”, galera!

Por Albinno Oliveira Grecco  –  albinnooliveira@hotmail.com

3 Comentários

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  • Hugo souza

    Certamente a novela foi ótima desde o começo, mais na minha opinião o final ou seja o último capítulo não foi lah grandes coisa,porque achei que o brasil parou para um final bobo, sem nexo,
    Mais fora isto ainda teve alguns erros, tipo a suellen ficou grávida 5 anos e não teve o bebê, agata explodiu...
    Mais o resto a novela foi uma das melhores
    Abracos Albinno.

  • Nara

    Uma coisa bacana foi o abraço selando perdão ... estamos precisando de exemplos assim! Chega de novela que o vilão foge no último capítulo e se dá bem e ainda dá uma banana pra galera!

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