(Fotos: Divulgação)
Novo visual: Na semana que vem, Isabel (Camila Pitanga)
volta da França, provocando uma reviravolta na trama
Aproveitando o feriadão, pude melhor acompanhar as tramas globais. Entretanto, apenas uma merece atenção do público, pois diariamente vem amargando míseros pontos de audiência. No ar há dois meses, “Lado a lado” enfrenta alguns percalços em busca de bons índices (oscilando na casa dos 16 e 17 pontos). Desde sua estreia, a trama escrita pelos novatos João Ximenes Braga e Cláudia Lage propunha ser um novelão com um ótimo elenco, direção, fotografia, iluminação, excelente texto... E está sendo. A promessa está sendo cumprida. Mas o que falta em “Lado a lado”? Por que a atual trama das 18h não agrada a maioria? Considerada pouco popular, a novela passou por algumas mudanças em nome da audiência.
A primeira delas foi a passagem de tempo já prevista durante a sinopse inicial, além da antecipada entrada da personagem de Alessandra Negrini como Catarina. Os tons em marrom e sépia deram lugar a cores mais vivas, deixando as cenas mais claras, os romances e conflitos foram intensificados, acompanhados de um texto mais ágil, os figurinos também foram repaginados e novos núcleos apareceram. A grande surpresa será a partir da semana que vem, com a aguardada volta de Isabel (Camila Pitanga) da França, provocando uma reviravolta na trama.
Alguns obstáculos
Apesar dos pontos a serem revistos no decorrer dos próximos capítulos, a pressão pelos resultados de “Lado a Lado” não é a mesma de outros folhetins que ocupavam o horário. Recai sobre a atual novela das 18h o fato de ter estreado em meio ao Horário Eleitoral Gratuito, que fez com que os folhetins da faixa, que começavam às 18h30, fossem transferidos para antes das 18h. Outro obstáculo ainda a ser enfrentado é o horário de verão e as férias escolares (período em que as tramas das 18h e 19h sofrem com a audiência). Quer mais: alguns telespectadores torcem o nariz para as tramas de época. Um dado considerado triste, pois retratam períodos históricos.
A trama é excelente. Vamos acompanhar novas surpresas. Abraços.
Fique por Dentro
Não é de hoje que as tramas sofrem com os números em busca de audiência. A primeira mudança foi em “Anastácia, a mulher sem destino” (1967). Janete Clair foi convocada às pressas para modificar a trama e criou um terremoto na novela “matando” metade dos personagens para retomar a sinopse original, deixando apenas os personagens principais. A novela foi estrelada pela saudosa Leila Diniz. Outro fato ocorrido no mundo das telenovelas foi a não aceitação do casal homossexual da novela “Torre de babel” (1998). Silvio de Abreu “assassinou” as personagens Leila (Silvia Pfeiffer) e Rafaela (Christiane Torloni) na cena da explosão do shopping. A partir disso, a trama foi abrandada, devido a fortes cenas de violência, assim como a modificação no perfil dos outros personagens.
Personagem do Dia
Valquíria (Malu Mader) em “Ti ti ti” (1985/86)