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Sete Vidas

Com final sem grandes surpresas, novela das 18h deixará saudades

Texto impecável de Lícia Manzo conquistou e emocionou os noveleiros, porém não empolgou na audiência

Televisão  –  11/07/2015 08:04

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(Foto: Divulgação)

Novela foi uma das agradáveis produções

no momento, uma verdadeira poesia

 

Olá, galera. A coluna de hoje destaca a novela "Sete vidas", que encerrou ontem, 10, com uma das ótimas atrações no horário das 18h. O impecável texto de Lícia Manzo conquistou e emocionou os noveleiros, porém não empolgou na audiência. A trama é o segundo trabalho da autora em parceria com o diretor Jayme Monjardim. A primeira foi "A vida da gente", com excelente repercussão.

"Sete vidas" estreou em março. Mesmo mês que a bombardeada "Babilônia", que logo em seu primeiro capítulo polemizou com o tal beijo enquanto Lícia abordava sutilmente assuntos polêmicos com muita propriedade sem que o público se chocasse com as cenas dos próximos capítulos.

Apelidada pelos críticos de "a nova Manoel Carlos", Lícia Manzo abordou assuntos do cotidiano somados com questões familiares, características recorrentes de suas obras.

O texto é elegante, sem arrogância ou didatismo. A novelista consegue apresentar situações reais difíceis, e ao mesmo tempo tem uma abordagem sutil quando a situação exige.

Segundo dados prévios, a trama fechou com apenas 19,3 pontos de média na Grande São Paulo. A antecessora, "Boogie oogie", que está na lista de fracassos de audiência da Globo no horário, registrou 22 pontos em seu último capítulo. "Meu pedacinho de chão", que também se encaixa na lista de fracassos, marcou 23 pontos no Rio de Janeiro e 19 em São Paulo. Atualmente, cada ponto equivale a 67 mil domicílios na capital paulista.

Os sete bons motivos que deixarão saudade

- Ótima escalação de elenco;
- Texto articulado, desafiador e delicado. Excelentes diálogos;
- Perfeita direção, fotografia, lindas paisagens;
- Trilha sonora caprichada;
- Trama curta sem as famosas "barrigas";
- Não há mocinhos e vilões. Personagens com aspectos bons e maus;
- A química entre Júlia (Isabelle Drummond) e Pedro (Jayme Matarazzo) e as irmãs Lígia (Débora Bloch) e Irene (Malu Galli).

Não se deve comparar as três novelas no ar: elas são produzidas com objetivos distintos, no entanto, a comparação é inevitável. Depois de algum tempo no ar, é possível apontar, sem medo: "Sete vidas" encerrou sendo uma das agradáveis produções no momento.

Uma verdadeira poesia. Deixará saudades.

Vamos aguardar a estreia da novela "Além do tempo", nesta segunda-feira, 13. Abraços, galera.

> Fonte: Top das Novelas, TV Foco

Por Albinno Oliveira Grecco  –  albinnooliveira@hotmail.com

4 Comentários

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  • Marco Túlio Carvalho

    Ahhh... por que acabou por que??? Não pude acompanhar tanto ou quanto eu gostaria, o ofício não me permitia. Mas a cada assistida um alento. Uma emoção. Novamente fui às lágrimas, dessa vez com o último capítulo. As novelas das seis geralmente possuem essa característica de leveza e sutileza, é fato. Entretanto uma trama tão bem contada e encenada merecia um horário BEM nobre. Enfim, ficaram as saudades da trilha, da fotografia, das deliciosas atuações de Débora e Mallu e a empatia e o carisma do Jayme (Matarazzo). Uma bela história em que todos se identificaram. Já com muitas saudades... Abraços, Albinno. Você, como sempre, fazendo uma ótima análise das nossas telenovelas. Abraços, meu caro. PS. Adorava "Boogie Oogie" e não compreendo essa pouca audiência para sucessíveis boas tramas. Que venha "Além do tempo", que parece ser magnífica.

  • frederico

    Foi um último capítulo primoroso, como toda a novela. Jayme funciona no horário das seis mesmo! Elenco enxuto, bem escalado. A novela prendia, os diálogos eram incríveis e a gente se via nas situações, vai deixar muita saudade, a emissora poderia repensar em novelas mais curtas sim, preservam o bom texto do autor e não cansa o público.

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