(Foto: Divulgação)
Dois adoráveis trambiqueiros, porém com bom
coração: Leonarda Furtado e Jerônimo Machado,
Fernanda Montenegro e Gianfrancesco Guarnieri
Olá, galera! Consta no dicionário: "cambalacho" - trapaça, tramoia, mutreta, picaretagem, maracutaia, fraude, conluio.
São muitos os significados para a novela de Silvio de Abreu que foi um estrondoso sucesso no horário das 19h em 1986. O folhetim alcançou enorme repercussão, desbancando a novela das 20h, o remake de "Selva de pedra", exibida na época. Vinte e nove anos depois, o Viva reexibirá (reestreia segunda-feira, 24, substituindo "Pedra sobre pedra" às 14h30; horário alternativo: 1h) a aventura dos dois adoráveis trambiqueiros, porém com bom coração: Leonarda Furtado e Jerônimo Machado, vividos pela querida Fernanda Montenegro e o saudoso Gianfrancesco Guarnieri.
A história é assim: Naná recebe uma herança polpuda de seu suposto pai, Antero (Mário Lago), que não vê há 50 anos. A viúva do milionário, Andréia (Natália do Vale), no entanto, não mede esforços para conseguir a fortuna que tanto sonha. Sem escrúpulos, ela é capaz de planejar a morte do próprio marido, que some depois de um acidente em seu iate. Um dos melhores personagens na carreira da atriz. O caminho de Naná também será cruzado por uma falsa filha, interpretada por Louise Cardoso, e seus parceiros, os impostores João Pedro (Luiz Fernando Guimarães) e Armandinho (Oswaldo Loureiro). Eles se passam pelos nobres franceses Jean Pierre e Armand.
Outros destaques da trama são...
Ana Machadão (Débora Bloch) e Thiago (Edson Celulari) formando um casal incomum. Ela, uma mecânica e ele, um bailarino. O novelista explorou com propriedade as inversões de profissões entre homens e mulheres. A advogada Amanda (Suzana Vieira) e o marido infiel Rogério (Claudio Marzo), a ex-cantora frustrada Lili Bolero (Consuelo Leandro) e, claro, a hilariante Tina Pepper (Regina Casé), um dos personagens mais pitorescos da TV.
"Cambalacho" basicamente aborda, com pitadas cômicas, a indulgência do ser humano diante das armações e da corrupção, além de evidenciar a mania do brasileiro de querer levar vantagem em tudo, independente da classe social.
Direção de Jorge Fernando. Uma deliciosa comédia. Vale a pena rever.
Abraços, galera.
> Fonte: UOL Entretenimento