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De Olho na Crítica

O que há (ou não) de errado na novela das 21h?

Folhetim da Globo tem trabalho primoroso dos atores e equipe; há que se sonhar e refletir ao mesmo tempo com a novela; é lírica, fabulosa e crítica

Televisão  –  15/05/2016 11:01

Publicada: 27/04/2016 (15:03:14) . Atualizada: 15/05/2016 (11:01:49)

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(Fotos: Divulgação)

Sem paciência: Pesquisas de opinião apontam rejeição ao personagem de Antonio Fagundes 

Olá, galera!
Costumo sempre dizer que não podemos agradar a todo mundo. Prova disso é o atual folhetim das 21h na Rede Globo. A novela teve uma estreia retumbante com belíssima fotografia, excelente direção, figurinos impecáveis e blá, blá, blá... Um mês se passou e a trama padece na audiência (em torno de 28,6 nesta semana). Pesquisas de opinião apontam rejeição ao personagem de Antonio Fagundes, cenas demoradas, figurinos destoantes e o não entendimento com o contexto.

Já previa isso! Porém é simples assim. Desde “Esperança” (também de Benedito Ruy Barbosa), o povo não acompanhava tramas de época no horário nobre e em torno disso viu-se engessado a histórias urbanas e “favelizadas” com imediatismo entre uma cena e outra. Após o final da urdida e cáustica “A regra do jogo”, o núcleo de teledramaturgia da emissora optou por uma trama rural como resposta aos bons índices da reprise de “O rei do gado” no “Vale a pena ver de novo”. Novamente foi acionado Luiz Fernando Carvalho para a nova empreitada.

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O diretor une magistralmente o cinema, a TV e o teatro em uma só linguagem, proporcionando um produto lúdico e excelente por natureza.

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Infelizmente a atração que entrou na terceira fase não empolgou a todos, entretanto, tem público cativo.

“Velho Chico” oferece momentos maravilhosos e atuações excepcionais que não se prendem a um simples penteado de um coronel ou figurino da mocinha de quem não tem a oportunidade (ou a paciência) em deleitar-se nas cenas magníficas. Segundo informações, a novela passará por mudanças. Vamos acompanhar!

Embora os vários elogios e críticas, não podemos desmerecer o trabalho primoroso dos atores e equipe. Há que se sonhar e refletir ao mesmo tempo com a novela. É lírica, fabulosa e crítica.

Abraços, galera!

Personagem do Dia

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Padre Romão (o saudoso ator Umberto Magnani) em “Velho Chico” (2016); o ator participou de várias novelas, dentre algumas do autor Manoel Carlos

Por Albinno Oliveira Grecco  –  albinnooliveira@hotmail.com

6 Comentários

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  • Nicolau Vinciprova

    O que incomoda no coronel não é somente seu estilo (visual), mas o tom caricato dado pelo ator. O mesmo acontece com Torloni e Pitanga, que não têm a mesma força das atrizes/personagens que as antecederam. No mais a trama tem muita qualidade.

  • Warlen Pontes

    Infelizmente não consigo acompanhar Velho Chico, gostaria muito, mas as poucas cenas que pude ver do Fagundes é gritante a sua leitura quanto ao que o Santoro fez, são duas pessoas completamente diferentes! Isso me desistimulou a ver a trama. O contrário do que acontece com a Torloni, me surpreendeu.

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