(Fotos: Divulgação)

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Padrão novela família: É tudo lindo, maravilhoso, entretanto, quadrado

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“Deus salve o rei” é impecável. Um bom atrativo no horário das 19h. Mas a trama é caretinha. Dentro do politicamente correto, o folhetim segue o padrão novela família. Odeio essa definição. Gourmet seria o mais apropriado termo. Está na moda!

Onde já se viu um reino sem masmorras, calabouços, bebedeiras, jogatinas, meretrizes, rinhas, peles de animais, caça de animais, a influência do clero, bruxas, curandeiros, inquisição e claro... Sexo?! É tudo lindo, maravilhoso, entretanto, quadrado. Ah, esqueci! Às 19h não podemos transar! Logo após a novela, William Bonner desfia as notícias escabrosas do dia. Como tapar os olhos? A trama é um excelente produto, embora a péssima escalação e interpretação de alguns atores (isso é assunto para futuras matérias!).

E no meio dessa discrepância toda, o povão ainda despreza as produções brasileiras e louva os enlatados da Netflix com nudez, violência, orgias, drogas, patati e patatá.

Ah, meu povo! Nunca mais veremos Isadora Ribeiro se contorcendo nos troncos e folhagens na abertura. Bons tempos aqueles. Nenhuma família se ofendia. Os maiores de 30 sabem o que eu digo.

Sinto saudades dos anos 80 e suas liberdades dramatúrgicas deliciosamente anárquicas.

Personagem do Dia

A socialite Stella Simpson (a saudosa Tônia Carrero) causando furor na Praia de Ipanema na famosa cena do topless da novela “Água viva”, de Gilberto Braga em 1980.

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