(Foto Ilustrativa)
Telenovela levanta questões sociais de interesse público que nos levam a intermináveis discussões
Há 70 anos ela ocupa um espaço da casa. De lá pra cá a TV se sofistica mais e mais. Cultuada e demonizada, a televisão ainda é querida por todos e por meio desse controverso aparelho, a teledramaturgia brasileira se recicla. De Beto Rockfeller a Tufão, muitos personagens povoam nosso imaginário compondo uma galeria de tipos marcantes que temos a impressão de cruzarmos em uma esquina qualquer.
É notório saber o papel importantíssimo da telenovela na trajetória da TV. Diariamente somos seduzidos pelos vilões, mocinhos e mocinhas. Paralelo a isso, o folhetim levanta questões sociais de interesse público que nos levam a intermináveis discussões. Dentro dos 70 anos da televisão, a telenovela acompanhou grandes transformações no país e no mundo.
O mundo gira e certamente precisamos de personagens batalhadoras e engajadas como Nina (“Nina”), Malu (“Malu Mulher”), Maria Faz-favor (“Coração Alado”), Gisa (“Sétimo Sentido”), Lili (“O Astro”), Rose (“Cama de Gato”), Alice (“Pátria Minha”), Raquel (“Vale Tudo”), Griselda (“Fina Estampa”), Maria da Paz (“A Dona do Pedaço”) e tantas mulheres maravilhosas.
Por meio de inesquecíveis tramas, (re)conhecemos os Brasis com suas hipocrisias e conservadorismos: Asa Branca (“Roque Santeiro”), Reino de Avilan (“Que Rei Sou Eu?”), Albuquerque (“Estúpido Cupido”), Sucupira (“O Bem Amado”), Santana do Agreste (“Tieta”), Serro Azul (“O Sétimo Guardião”). E sem as máscaras vimos tipos terríveis como Odorico Paraguaçu (“O Bem Amado”), Felipe Barreto (“O Dono do Mundo”), Leôncio (“Escrava Isaura”), Lucia Gouveia (“Corpo a Corpo”), Demóstenes Maçaranduba (“Fera Ferida”), Raul Pelegrini (“Pátria Minha”), Perpétua (“Tieta”)...
Ainda que remotamente, é possível vivermos em uma sociedade justa e sem preconceitos. E que venham outros personagens como Jean Pierre (“Que Rei Sou Eu?”), João Gibão (“Saramandaia”), Teresa (“Babilônia”), Lurdes (“Amor de Mãe”), Diara (“Novo Mundo”), Ivana/Ivan (“A Força do Querer”).
Enquanto isso não acontece, nos deparamos com os muitos Sinhozinhos Maltas e Carminhas pelas ruas...
Vida longa à TV!
Abraço, galera!